A Ponte Luiz I é uma ponte metálica com dois tabuleiros, construída entre os anos 1881 e 1886, que liga as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia, tendo sido construída para substituir a antiga ponte suspensa que existia no mesmo local. O projeto original foi desenvolvido por François Gustave Théophile Seyrig, antigo sócio de Gustave Eiffel ao serviço da empresa belga Société Willebroeck.
A Ponte, inaugurada a 31 de outubro de 1886, é atualmente um dos ex-libris da zona ribeirinha das cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia, integrada na zona classificada como Património Mundial pela Unesco.
Tem uma estrutura tem 395 metros de comprimento e oito de largura. O tabuleiro superior, com cerca de 391m de desenvolvimento entre eixos dos encontros superiores e um tabuleiro inferior, com cerca de 174 m de desenvolvimento entre eixos dos encontros inferiores. Pesa ao todo 3045 toneladas.
Apesar de o tabuleiro superior da ponte ter sido inaugurado em 1886, o tabuleiro inferior só ficou concluído em 1888. Hoje em dia ocupado por uma das linhas do Metro do Grande Porto que liga a zona da Catedral ao Jardim do Morro e à Avenida da República, em Vila Nova de Gaia.
É através do seu tabuleiro inferior que, diariamente, milhares de peões, especialmente turistas, fazem a travessia entre as duas cidades, pelo que o seu papel como via de passagem é fundamental e tem de ser assegurado, nas melhores condições de segurança rodoviária e pedonal. Atualmente este tabuleiro inferior serve para circulação de peões, transportes públicos, táxis e velocípedes.
Em 2023, a Infraestruturas de Portugal concluiu um importante processo de reabilitação do Tabuleiro Inferior da Ponte Luiz I. Nesta intervenção foram reparadas um conjunto de anomalias relacionadas com corrosão de elementos metálicos, tendo sido substituídos diversos elementos metálicos com substituição de rebites, tendo-se também procedido à retificação de chapas deformadas, à substituição dos aparelhos de apoio, à substituição das juntas de dilatação e à reparação das portas de acesso aos encontros.
Com a reabilitação efetuada conferiu-se à ponte e em particular ao tabuleiro inferior uma capacidade resistente compatível com as sobrecargas rodoviárias atuais, pelo que a construção de um novo tabuleiro, permitiu eliminar a limitação de circulação de veículos com peso bruto superior a 30 toneladas, passando a ser admissível a circulação de veículos com peso bruto inferior a 60 toneladas.
A intervenção no tabuleiro inferior teve ainda em vista a redução das vibrações induzidas pela passagem de grandes grupos de peões durante eventos festivos ou desportivos, controlando-se as vibrações horizontais à custa do aumento da rigidez e aumento da massa do tabuleiro.